em Copa do Mundo, futebol

Diário (bem à distância) do Qatar #06

Copa é Copa, mas esta edição (para o meu gosto) tem sido abaixo da média. Empates ou resultados curtos se sucedem em jogos com pouca novidade tática ou técnica. O problema não é o empate ou o placar espartano, porque há muitos zero-a-zero mais bem jogados que aquelas partidas em que saem gols de um lado e de outro como em pelada de solteiros x casados. É a Copa da entressafra. Reclamações à parte, sempre vale a pena. Irã e País de Gales fizeram um jogo bastante movimentado, e a vitória dos iranianos veio nos intermináveis minutos da prorrogação: 2 a 0 com alma. Senegal mandou para casa os donos da casa: 3 a 1 com ajudinha assoprador do apito. Holanda e Equador ficaram no 1 x 1 (mas Equador jogou mais). Última rodada definirá o 2º colocado do grupo, com a Holanda fazendo apenas o suficiente para ser o 1º. Inglaterra e EUA foi razoável de ver, mais por culpa dos americanos que dos ingleses. Pelo jeito, de novo, a Inglaterra jogará para o gasto e tradicionalmente tem gastado pouco. Quem deixa o ótimo Phil Foden no banco desagrada os deuses do futebol. A péssima notícia foi a confirmação das lesões de Danilo e de Neymar; ambos estão fora, no mínimo, dos próximos dois jogos. Daniel Alves, cujo santo é um verdadeiro demônio, deve aparecer entre os titulares e que Deus nos acuda. Neymar, de novo, corre o risco de assistir ao mundial das poltronas. É um craque antipático, sim, mas é um craque. Caçado como raposa em campo. Sua lesão tem sido comemorada por gente que faz pombinha da paz com os dedos. Sua lesão tem sido comemorada por gente que não sabe se a bola é redonda ou quadrada. Torço para que se recupere a tempo de jogar os dois ou três últimos jogos. Até lá, provavelmente Fred entrará no meio e empurrará Paquetá para a frente. Continuaremos fortes, com menos brilho.

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