em Copa do Mundo, futebol

Diário (bem à distância) do Qatar #07

Dia de bons jogos. Logo cedo, a vitória da Austrália sobre a Tunísia embolou o grupo D. Tunísia esteve mais perto do gol, mas futebol é mesmo essa maldita caixinha de Pandora. Com 1 ponto, o time africano terá de vencer a França, que por sua vez ganhou da Dinamarca, com atuação furiosa de Mbappé, ótimo desempenho de Griezmann e apresentação segura de todo o resto do time. A Dinamarca conseguiu o empate, teve a chance de virar, mas sucumbiu diante da camisa francesa. Em tempos de hiper-intelectualização do futebol, a mística sobrevive. Considerando que um triunfo da Tunísia sobre a classificada França é pouco provável, a diversão ficará entre Dinamarca e Austrália na próxima rodada. Polônia e Arábia Saudita me doeu. Por mais que eu goste de Robert Lewandowski e tenha comemorado seu gol, por mais que eu reconheça as defesas assombrosas de Szczesny, os árabes mereciam vencer; são, de fato, um bom time. Tudo será decidido na última rodada, que ainda pode proporcionar surpresinhas e maldições. A Argentina venceu um México que veio à Copa para passear, 2 a 0, mas, de novo, não jogou bem; impôs-se. O cenário se avizinhava terrível até que Di Maria encontrasse Messi no espaço bastante para o chute cruzado, decidido e preciso da entrada da área. Enzo Fernández, num golaço, finalizou a conta, que foi um presente: há dois anos, Diego Armando Maradona foi para o céu do futebol. Espero que, finalmente, tenha apertado “la mano de Dios”.

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