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Diário (bem à distância) do Qatar #10

Hoje foi dia de ressaca. Não assisti a nenhum jogo da Copa do Mundo. Sei, como vocês sabem, que o Reino Unido bateu o Reino Unido por 3 a 0, numa cabal demonstração de que o Reino Unido tem andado bastante desunido. A Holanda despacharia o Catar para casa, mas já estão em casa: basta que fiquem quietinhos assistindo. Com o mau resultado na 1ª fase, prevejo que o treinador será decapitad…, minto, demitido para as devidas reformulações. Na prévia para a Terceira Grande Guerra, os EUA venceram o Irã, que retaliará amanhã cedo ou depois. A propósito do Irã, que costuma ter entusiastas Ocidente afora, os jogadores e suas famílias foram ameaçados de morte em virtude dos protestos que o elenco promoveu (ao não cantar o hino). Mais um exemplo numa lista de infindáveis exemplos de como o multiculturalismo é bom, bonito e barato, mas tem limites. Quando uma cultura local ou regional atenta contra os direitos humanos, pior para a cultura local ou regional. Será que o pessoal mais progressista aprenderá desta vez? Não aprenderá. A grande história foi a classificação de Senegal, time simpático e bastante razoável, que passou pelo Equador que, por sua vez, deve estar de volta em quatro anos. Geração talentosa e promissora (sei que falar em “geração” dá gatilho nos amigos da Bélgica, para os quais peço desculpas sinceras, mas nem ligo). Pelas nossas bandas, em que pese a urucubaca lançada por metade do país, notícias dão conta de que há boa evolução no quadro de Neymar. Se o vodu coletivo não funcionar, ele estará nas oitavas para ser odiado em campo pelo que faz fora dele.

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