Assim que a Anvisa autorizou a vacinação de crianças acima de 5 anos, Jair Bolsonaro, com a irresponsabilidade de costume, veio a público questionar a decisão.
Ele não tinha conhecimento científico que a Anvisa não tivesse, mas quem se importa? Ele é o, aspas, presidente, e o presidente, no Brasil, pode tudo.
Não bastasse, foi além e ameaçou divulgar os nomes dos técnicos responsáveis pelo estudo e consequente aprovação.
Nas mídias sociais, jornalistas, blogueiros e canais de rádio e tevê, que fazem o papel de roteadores do bolsonarismo, espalharam teorias conspiratórias.
Horas e dias depois, funcionários da Anvisa começaram a receber todo tipo de ameaças. Uma delas, divulgada pela jornalista Natuza Nery (Globonews, CBN), chama a atenção.
Um homem, que faz questão de se identificar e se declara neonazista, enviou um e-mail à agência prometendo violências de toda sorte. Anexo, um vídeo em que mata um cachorro enforcado.
A conexão ideológica e emocional é evidente. Os valores são os mesmos. Um neonazista que enforca um cachorro e faz ameaças, mais do que eleitor, é um soldado fiel de Jair Bolsonaro. Merece ser condecorado.