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Presente de Natal

Hoje é aniversário (sim, editor da Superinteressante, eu sei) de um certo Messias a quem os fiéis de um outro Messias dizem adorar. Eles geralmente confundem um com o outro, e tomam Jesus por Genésio, minto, Jesus por Jair, ou o contrário disso.

Tão empolgados com o nascimento daquele Messias, resolveram que a melhor maneira de render homenagens seria tramando um atentado em nome deste Messias. Em vez de ouro, incenso e mirra, levaram tiro, porrada e bomba.

Em Brasília, a polícia descobriu e desarmou os planos de uma célula bolsonarista que gastou mais de cem mil reais em ingredientes para explodir um natalino caminhão-tanque, que explodiria junto um aeroporto.

George Washington – de Oliveira Souza – confessou suas intenções, que seriam consequência direta da palavra do Messias. Não aquele. Aquele outro. Convenhamos que este é apenas mais um dos muitos sinais.

Se a violência política não é novidade na história brasileira, talvez nunca seu uso tenha sido tão explícito, organizado e pensado estrategicamente. A violência que emergiu do bolsonarismo é ideologicamente orientada. Tem método. É terrorismo.

Foi disso que nos livramos quando, apesar de todos os pesares presentes, passados e futuros, decidimos que Lula, se não fosse um bem maior, seria um mal menor, diante do movimento neofascista que Bolsonaro inspira, incentiva e representa.

A propósito, Feliz Natal!

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